Sentimento de injustiça invade coletivo do Grupo Desportivo Macedense

15-10-2012 21:31

 

GDM

 

Num jogo vibrante até ao último segundo, o Grupo Desportivo Macedense perdeu, este sábado contra o Viseu 2001 por 4-3.

Uma partida marcada por um Macedense lutador e empenhado na conquista de pontos nesta jornada inaugural.

No decorrer do primeiro tempo, a equipa forasteira iniciou o marcador a nove minutos do final, logo em seguida, Rodas marcou para o Macedense a seis minutos de terminar a primeira parte.

Luciano marcou o segundo golo a dois minutos de findar a primeira parte, mas o Viseu ainda conseguiu igualar o marcador a trinta segundos do apito do árbitro.

As equipas foram para intervalo com um empate a duas bolas.

O técnico do GDM, Costinha realça a superioridade da sua equipa e crítica o contexto em que Rodas viu o segundo amarelo e foi expulso da partida.

 

“Quem foi contratar jogadores à primeira divisão foi o Macedense, está claro. Na segunda parte passou o adversário e colocou-se na frente, o adversário conseguiu igualar e nós fomos buscar outra vez revirar o resultado. O árbitro decidiu, quando eu perguntei se eles se estavam a atirar ao chão, porque fisicamente não estavam a aguentar o jogo no fim da primeira parte, ele respondeu que era normal os jogadores atirarem-se porque faz parte do desporto e a seguir é expulso o nosso por se atirar uma vez”, sublinha.

“De resto eu acho que houve uma equipa em campo superior a outra, outra que procurou jogar com a confusão no acesso ao balneário no intervalo, que procurou jogar com a confusão durante o jogo. Procuramos estar sempre a dominar o adversário, obrigá-lo a jogar com transições para o desgastar fisicamente, à semelhança do ano passado.”

 

No segundo tempo, Luciano faz o 3-2 aquatro minutos e meio de terminar o jogo, logo de seguida, o Viseu empata o jogo.

E numa controversa e muito contestada jogada quanto à validação do golo do Viseu, a partida termina com uma derrota para o Macedense por 3-4.

Costinha sai indignado deste encontro, fala da falta de desportivismo do Viseu e sublinha a dignidade dos seus atletas.

E apesar das adversidades deixa a promessa de lutar até ao fim.

 

“Chegamos ao fim e não sabemos como ficamos porque nem os árbitros se entendem quanto à validação do golo. O que me interessa a mim, e foi o que disse aos meus jogadores, estamos cá, não recebemos nada, eles são ricos e nós é que jogamos e queremos ganhar jogos. Alguém deve estar insatisfeito porque os índices físicos não são os mesmos de quem não tem esse privilégio de fazer pré-épocas do mesmo nível ou superior, nós só jogamos com equipas da distrital, tivemos uma carga muito maior em termos de treino com todos os riscos que isso pode significar”, destaca o técnico.

“Há uma equipa que procurou ganhar, tem índices físicos bons e que demonstrou hoje aqui que vai procurar honrar a camisola. São duas realidades completamente diferentes. Há aqui um trabalho digno destes jogadores que vêm treinar diariamente durante a pré-época e a outra equipa podia ter o mérito de reconhecer e sair, as pessoas cumprimentarem-se e não andar com insultos. Marcam um golo e insultam a bancada.”

“O futsal é uma festa e nós fizemos uma festa com o nosso público, nós demos uma lição de futsal aos jogadores que andaram na primeira divisão. Eu disse aos meus jogadores, com este espirito, não há equipa que nos vença. É esta a equipa que devia ter subido mas na secretaria não subiu. É esta a equipa que hoje devia ter ganho mas na arbitragem não ganhou. É esta a equipa que vai continuar a lutar para mostrar que Trás-os-Montes faz parte de Portugal”, afirma o técnico do Grupo Desportivo Macedense.

 

O técnico do Viseu não tece comentários quanto à validação do último golo.

Rui Almeida frisa o valor da equipa do Macedense, mas “puxa a brasa à sua sardinha” e sai contente com o resultado final.

 

“Este jogo foi à imagem do ano passado, quem esteve cá lembra-se. Sabemos que é gente aguerrida, gente que trabalha, acompanhamos o trabalho do Macedense, sabemos o que querem fazer, é gente com enorme valor, sabíamos que aqui teríamos que sofrer, íamos ter que ir até à exaustão. Foi um grande jogo. Caí-se para que lado caí-se, era justo. Tal como no ano passado, perdemos aqui e eu disse que era justo. Este ano não merecíamos sair daqui sem pontos, agora se era um ou três, cada um puxa a brasa à sua sardinha. Obviamente que estou contente.”

 

Diga-se que o Viseu foi buscar novos reforços à I liga.

Rui Almeida desvaloriza a naturalidade dos seus atletas e diz que a qualidade é a sua primeira aposta.

 

“Isso de não receber é relativo. Se nós no nosso distrito tivéssemos capacidade de juntar um plantel como o Macedense têm, talvez não tivéssemos que ir ao Porto, Lisboa, seja onde for, buscar jogadores. Para nós, enquanto treinador, a qualidade não tem nacionalidade nem ponte de partida ou chegada. Quem vier contribuir para os nossos objetivos que é ganhar o máximo de jogos possível, no final do campeonato fazer as contas e ficar com mais pontos que todas as equipas, quem vier para ajudar seja de onde for, se tiver qualidade é bem-vindo no Viseu 2001. Não olhamos para idade ou naturalidade, conhecemos os jogadores, procuramos jogadores para conseguir aquilo que é o nosso projeto.”

 

Num jogo em que o Grupo Desportivo Macedense não somou pontos, a dúvida quanto à justiça em campo permanece.

A II Jornada exige uma deslocação do coletivo de Macedo de Cavaleiros ao campo do Boavista.

 

 Escrito por Onda Livre